A Reciclamais publicou uma matéria com números recentes do IDC que se referem ao primeiro trimestre desse ano sobre o mercado de impressão. Mas calma, os números podem até não ser tão positivos assim de imediato, mas segundo Rodrigo Pereira, analista de mercado da IDC, as vendas de impressoras continuaram em alta.
No primeiro trimestre deste ano, foram vendidas 633.371 máquinas – entre impressoras (51.665) e multifuncionais (581.706) -, apenas 1,5% a menos do que no mesmo período do ano passado, e 34,4% a mais do que no quarto trimestre de 2018, o mais fraco daquele ano. Os dados são da IDC Brasil, empresa de inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações e fazem parte do estudo IDC Quarterly Hardcopy Tracker Q1/2019.
Os equipamentos preferidos no primeiro trimestre de 2019 foram com tanque de tinta, com 260.930 unidades vendidas. Em seguida, vieram as impressoras com cartucho de tinta, com vendas de 251.582, os modelos a laser, com 119.465, e as matriciais, com 1.391. “Embora os modelos tanque de tinta tenham sido os mais vendidos no primeiro trimestre, a categoria que mais cresceu foi a de cartucho, que cresceu 4,7%. Os outros três tipos tiveram queda em relação ao mesmo período de 2018. Tanque de tinta caiu 3,2%, laser teve queda de 9,1%, e matricial 25,5%”, o analista da IDC Brasil.
Os modelos com cartucho de tinta também foram os que tiveram maior representatividade nas vendas no varejo. Neste mercado, que consumiu 369.793 máquinas, 199.896 (54,1%), eram desse modelo. As máquinas tanque de tinta ficaram em segundo lugar na preferência do consumidor, com vendas de 150.831 unidades (40,8%), e na sequência os modelos a laser, com 19.066 (5,2%) equipamentos vendidos. “Nesta época do ano, por conta da volta às aulas, é natural um volume de vendas maior no varejo”, diz Rodrigo.
Mas, destaca o analista, quando se trata do mercado de impressão, o recorte entre varejo e corporativo não deve ser visto com rigor absoluto, já que, além de usuários domésticos, também profissionais liberais, micro e pequenas empresas nº 210 reciclamais 15 compram esse tipo de equipamento em lojas físicas e online. “O resultado ficou ligeiramente abaixo do esperado, principalmente porque o primeiro trimestre do ano passado foi um ótimo período para o mercado de impressão e porque 2018 vinha com sinais de aquecimento da economia. Após as eleições, esperava-se que este ritmo se mantivesse, mas o mercado ainda não está confiante e aguarda melhor momento para investir em estrutura e na compra de novos equipamentos”, explica Rodrigo Pereira, analista de mercado de impressão da IDC Brasil.
O diretor da Febreci Antonio Leôncio considera que o mercado de recondicionamento readequou-se ao volume de produção e consequente prejuízo, depois consolidação da participação dos produtos da China. Agora, na visão de Leôncio, está havendo uma unificação de empresas, com a saída das grandes distribuidoras Ele acredita que o cenário está melhorando. “Estamos mais otimistas”, destaca. Além de um número maior, estão acontecendo pedidos com mais qualidade. Principalmente com as empresas de outsourcing de impressão. “Elas estão pensando em crescer, em aumentar o número de impressoras, em trocar máquinas. As perspectivas estão bem melhores do que as que tínhamos no começo do ano”, destaca. Neste momento, a grande dificuldade é ter material pra comprar e trabalhar, existe uma demora de 30, 40 dias para a entrega de importados. Hoje, o obstáculo de quem está no mercado e quer trabalhar com recondicionamento é a distribuição, é fazer a distribuição de insumos. Nunca se viu uma crise deste tamanho, com tudo parado, opina, mas agora há esperança de dias melhores. Sobretudo, conclui o dirigente, o mercado de recondicionamento não vai morrer, vai ficar mais e mais seletivo, mas quem trabalha com qualidade vai continuar trabalhando.
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