Segundo um estudo da IDC Brasil, no primeiro trimestre de 2020 comparado ao mesmo período de 2019, houve um crescimento de 4,1% no mercado de impressoras, o equivalente a 659.468 unidades, sendo essas 313.084 tanque de tinta, com aumento de 20%, 116.110 a laser, com queda de -2,4%, 228.865 cartucho, com queda de -9% e 1.009 matriciais com queda de -27,5%.
O analista de mercado da IDC Brasil, Rodrigo Okayama, observou que o volume de vendas de modelos tanque de tinta comprova tendência de mercado, que vem dando sinais de preferência por essa categoria. Microempresas (de 1-9 funcionários) e pequenas empresas (de 10-99 funcionários) aumentaram em 27,1% e 25,3%, respectivamente, as compras dessas impressoras. No varejo, as vendas desse modelo cresceram 18,1%.
O crescimento do serviço home office a partir de março também é um dos fatores que alavancou o mercado de impressoras tanque de tinta. “Elas são boas opções para quem procura custo-benefício. Por mais que o seu preço seja um pouco mais alto, o investimento pode ser compensado a médio e longo prazo com o suprimento, que oferece maior rendimento”, explica Rodrigo. O que foi perceptível para a IDC Brasil nesse período, é que havia pessoas comprando impressoras para usar em casa e empresas alugando ou oferecendo subsídio para seus funcionários conseguirem realizar essa compra, para assim continuarem a trabalhar durante a pandemia.
Já o modelo a laser, a pesquisa aponta focaram em ofertas modelos de entrada para empresas, que imprimem abaixo de 30ppm. “Essa categoria teve crescimento de 8,5 enquanto as impressoras acima de 31 ppm tiveram queda de 11,1%“, diz Rodrigo.
As expectativas no começo do ano era totalmente o oposto do que de fato ocorreu: um crescimento em laser e queda no segmento de tinta. Com a análise do Rodrigo, a pandemia de covid-19 levou ao adiamento de projetos de bancos e governo, por exemplo, que estavam agendados para o início desse ano. “Com isso, o mercado deixou de contabilizar no primeiro trimestre de 2020 um volume importante de unidades que deveriam ser vendidas se esses projetos tivessem acontecido”, revela o analista da IDC Brasil.
As vendas no setor corporativo representaram 65,8% do mercado de impressoras no primeiro trimestre de 2020, com 434.024 unidades. No varejo, as vendas representaram 34,2%, com 225.444 impressoras.
Espera-se para o segundo trimestre de 2020 uma queda de dois dígitos e retração anual de 5,4% no mercado de impressão. Entre os fatores, Rodrigo aponta a alta do dólar e o consequente repasse de preços, e os impactos da pandemia de covid-19 no varejo físico. “Há um forte movimento de adoção ou migração para o digital, mas essa adaptação e os resultados não acontecem de uma hora para outra e o resultado de vendas deve ser abaixo do normal para o período. Mas, por outro lado, caso os projetos adiados no primeiro trimestre aconteçam, podem dar fôlego principalmente ao segmento a laser”, finaliza o analista da IDC Brasil.
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