A quantidade de lixo eletrônico do mundo deve chegar à média de 50 milhões de toneladas anuais até dezembro. Equivale, em 12 anos, a mais que o peso do Morro do Pão de Açúcar, estimado em 580 milhões de toneladas. Cerca de 1,4 milhão de toneladas do lixo eletrônico mundial proveniente do setor de informática serão provenientes do Brasil, que só recicla 2%. No mundo, a ONU estima que apenas 13% do e-lixo são reciclados.
O descarte incorreto dos equipamentos leva à contaminação do solo, da água e do ar com metais pesados, substâncias tóxicas que afetam pessoas, animais e plantas. Cádmio, chumbo, bromo, cobre e níquel estão presentes em pequenas quantidades nos equipamentos e dispositivos, sobretudo placas. Em grande quantidade e quando descartados em vazadouros comuns essas substâncias podem causar feridas nos órgãos internos, câncer, doenças respiratórias e até demência nos seres humanos.
Pelo quinto ano consecutivo o Sindicato das Empresas de Informática do Estado – TI-Rio -promove até o dia 15 de julho, uma campanha para coleta e reciclagem. O presidente do sindicato, Benito Paret, espera alcançar a meta coletar três toneladas de lixo eletrônico, principalmente através das cinco mil empresas fluminenses do setor.
Nos últimos anos, a iniciativa conseguiu reciclar sete toneladas de peças e equipamentos, tem a parceria da Futura, única que empresa carioca com licença específica para reciclar o lixo eletrônico. Ela faz a coleta e triagem, reaproveita componentes e doa ou vende a preços populares os equipamentos ainda em condições de uso.
Os materiais tóxicos como pilhas e baterias são encaminhados para empresas especializadas, enquanto as placas e materiais mais complexos vão para o exterior de forma legal, pois não existem estruturas privada ou pública para reprocessá-los no Brasil, embora o país disponha de uma Política Nacional de Resíduos Sólidos. Durante a campanha, a Futura recebe ou recolhe computadores, notebooks, celulares, tablets, impressoras, monitores, mouses, teclados, caixas de som, DVDs, fios e aparelhos de fax.
Fonte: Blog do Reciclador
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