Alguns observadores do mercado se estão perguntando se a fadiga de ler através de uma tela não estaria colaborando a que muitas pessoas continuem imprimindo. Enquanto os volumes de impressão em escritório têm diminuído gradualmente durante os últimos anos, a maioria dos trabalhadores assegura que tem experimentado cansaço de ler em tela, com cansaço nos olhos por olhar todo o dia os monitores dos PC, smartphones e tablets (em definitivo, os mesmos dispositivos que têm dado lugar a menores volumes de impressão em escritório).
Incluso muitos trabalhadores asseguram que preferem realizar a leitura ou revisão de documentos desde uma página impressa, ainda sendo documentos muito pesados com textos, já que acreditam que os ajuda a melhorar sua compreensão. De fato, recentemente, Epson Europa publicou os resultados de um estudo indicando que até certo ponto, uma vez que se estabelece a fadiga de ler em tela, a impressão ajuda à compreensão, impulsionando aos empregados a voltar à página impressa. A pesquisa independente de Epson Europa, chamada “Estado da Impressão no Lugar de Trabalho” (The State of Printing in the Workplace) incluiu as respostas de mais de 2.400 empregados de toda a região EMEA (Europa, Oriente Médio e África) e encontrou que a fadiga de tela está fazendo retornar aos trabalhadores à página impressa, com, por exemplo, 73% dos sul-africanos imprimindo em média ao redor de 36 páginas cada dia.
Epson assinada que com o auge das tablets, e-Books e telefones inteligentes, junto com telas cada vez de maior qualidade, “as pessoas estão utilizando telas digitais mais que nunca”. Diz-se que isto é especialmente certo para os “Screenagers”, que é a jovem geração de millennials que têm crescido em uma cultura baseada na tela de redes e dispositivos móveis.
No entanto Epson sustenta que o papel ainda joga uma parte importante em nossa forma de trabalhar. De acordo com a OEM, quando se trata de leituras rápidas, a leitura em tela funciona para uns melhor que para outros. Ainda assim, as pessoas se inclinam pelo papel quando se trata de uma leitura cuidadosa e detalhada, seja em um ambiente educativo ou de escritório.
Se imprimem documentos pesados com textos
No lugar de trabalho, Epson diz que os artigos impressos mais populares incluem faturas e cartas que, segundo afirmam os empregados, constituem entre 48 e 46 %, respectivamente, de todos os elementos que se imprimem em um dia normal. Estes artigos geralmente são textos pesados e muitas vezes a fonte de antecedentes fundamentais ou informação legal, que requerem uma compreensão global do texto, o que explicaria sua prevalência no escritório. As faturas e cartas também são mais propensas a ser editadas e tratadas com maior atenção que outros artigos.
Segundo a firma, a investigação mostra que o número de mensagens de correio eletrônico em negócios enviados e recebidos pelo usuário por dia, alcançou aproximadamente 123 e-mails em 2016. Se espera que cresçam a uma média de 126 mensagens enviadas e recebidas pelo usuário de negócio por dia, ao final de 2019. Por consequência, anexos de correios eletrônicos representam 45% de todos os artigos impressos e 39% destes fazem o número total de elementos impressos.
Segundo a pesquisa de Epson, os empregados também destacaram suas razões mais importantes para imprimir em lugar da leitura em tela: 40% dos entrevistados disse que necessitam cópias impressas da documentação legal e contratos. Outro 38% mais de pessoas imprimem artigos para arquivar ou mantê-los em arquivo para futura referência, enquanto que 36% prefere imprimir comprovantes de compra de seus bancos, assim como elementos tais como entradas para concertos, presumivelmente porque ter cópias impressas lhes proporciona tranquilidade.
A Impressão ajuda à compreensão
Epson disse que a investigação científica, ainda que, todavia, em suas primeiras etapas, está demostrando que a leitura de impressos dá por resultado níveis superiores de compreensão, aprendizagem, retenção de informação e facilidade de uso. Isto pode se explicar parcialmente pela habilidade do leitor para se mover através de textos de uma maneira não linear (ao contrário de ler desde uma tela) e poder folhear páginas mais facilmente.
A tecnologia de tela atualmente é incapaz de replicar esta experiência tátil, mesmo com o advento dos flipbooks em dispositivos de leitura ou com o flip-page para revistas online em PDF. Se diz que alguns cientistas ainda sustentam que simplesmente sentir o papel entre os dedos também ajuda à compreensão do texto (feito conhecido em um estudo de 2011 por Gerlach e Buxmann como “dissonância da tecnologia do tato”, referindo-se literalmente a “captar algo”).
A leitura em tela é esgotadora
Epson também cita outros estudos acadêmicos (Wastlund, Reinikka, Norlander e Archer) que revelam que o cérebro humano se encontra sob muito maior estresse ao ler em uma tela e se cansa mais rapidamente, em comparação com a leitura em papel. Os estudos também têm que o cérebro pode funcionar durante um período mais longo ao ler em papel, com telas que consomem mais recursos do cérebro durante a experiência de leitura, tornando mais difícil a compreensão da informação.
A leitura em dispositivos digitais interativos também se diz que requer maior disciplina, já que permite múltiplas distrações. Por exemplo, um correio eletrônico pode aparecer derepente na esquina do monitor de nosso PC, ou um pode se ver tentado a deixar o documento para navegar por Internet ou redes sociais. Quando se trabalha sobre papel, há menos oportunidades para a distração e os leitores são menos propensos a múltiplas tarefas.
O “Futurista” Jack Uldrich afirma que “cada tecnologia tem benefícios únicos e tangíveis e o papel não é diferente. Se pode dizer que o papel é o maior instrumento jamais inventado para transmitir, compartilhar e difundir informação”.
Fonte: Blogdoreciclador.
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