Como relatado pela E-Commerce News, a Serasa Experian fez um novo levantamento evidenciando que a inadimplência de micro e pequenas empresas atingiu um patamar recorde de 5,3 milhões no país. Em comparação com o mesmo mês do ano passado, houve uma alta de 6,9%. O estudo aponta ainda que o resultado foi motivado pela alta da inflação, somada ao fraco desempenho da atividade econômica e variados fatores estimulam a inadimplência, essas que vão além de uma economia instável. Entre todos eles, a E-Commerce destaca a má gestão dos recursos e apresenta 5 dicas de uma gestão eficiente para que você não entre na lista dos negócios inadimplentes do país:
Existe um ditado que diz que uma empresa pode não dar lucro, mas tem que ter fluxo de caixa para não falir, porque não há fintech com crédito em excelentes condições, juros baixos ou qualquer outro incentivo que resolva um problema de falta de controle do capital que entra e sai de um negócio. Com má gestão, tais soluções só vão tapar o sol com a peneira, pois é o mesmo que pegar dinheiro para vê-lo ir pelo ralo.
Ninguém consegue viver no limite de suas forças ou energias, pois certamente terá uma crise de ansiedade, um burnout e vai parar. Do mesmo modo, pois vale a analogia, uma empresa é um organismo vivo que não pode andar no limite seus gastos, sem ter onde cortar, pois vai parar.
Outra comparação também ajuda. Se uma pessoa tem com o carro, com o convênio médico ou ainda com a escola das crianças terríveis custos escondidos, não previstos, uma empresa também os tem, e eles devem ser identificados e controlados. Por isso, algumas dicas são fundamentais para quem quer fazer uma melhor gestão, evitar a bola de neve da inadimplência e o pesadelo de um possível “bankrupt”:
- Cuide do seu orçamento – Mesmo em crise e com as vendas abaixo da meta, as despesas continuam as mesmas. Só que isso não pode acontecer. É preciso investir tempo para analisar o orçamento e identificar o que pode ser cortado, postergado ou economizado.
- Se você não tem todo o conhecimento em gestão, contrate um especialista da área –é muito comum, principalmente em pequenos negócios, que o dono seja aquele jogador que ataca, defende e faz o meio de campo. Só que isso é letal quando se trata de gestão. Fluxo de caixa não é para amador, é para profissional. Deixar essa atividade sob a responsabilidade de quem nunca gerenciou um negócio não dá certo. Investir em um profissional experiente ou ainda na terceirização desse serviço por empresa competente pode parecer um “alto custo”, mas com o tempo trará retorno.
- Visão de futuro –trabalhe sempre com três cenários, um otimista, um realista e um pessimista. Mire no lucro do otimista, mas controle seus custos como no cenário de um resultado pessimista, que necessita ser muito prudente. Em outras palavras, se o resultado de um mês foi ruim, tome as providências imediatamente. Não espere que o amanhã trabalhe para resolver a situação.
- Dívida, renegocie– Pague sempre primeiro todas as contas que têm os maiores juros ou que certamente vão te dar dor de cabeça como impostos, cartão de crédito, empréstimos ou financiamentos. Para as demais, evite o descontrole, mas na urgência renegocie prazos e valores e evite obter créditos com bancos e financiadoras.
- Se a saída for o crédito, pesquise– Se buscar um crédito for mais interessante do que os juros de uma conta, vá em frente. Porém, busque sempre opções mais baratas e prazos mais longos do que os da dívida. Mas lembre-se, para uma empresa que está endividada, o crédito é sempre caro. Cuidado.
E lembre-se uma empresa sem fluxo de caixa, está doente. Medique antes que ela vá para a UTI. Reorganizar as finanças de um negócio pode ser demorado, já que em média leva até dois anos e apresenta muitas dificuldades. Nessas horas, toda a atenção com os custos fixos é válida, pois são eles que costumam ruir uma empresa. E acredite, no final das contas, todo esforço valerá a pena quando a empresa voltar a ter saúde financeira.
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