Saiba como está cenário atual do Mercado de Recondicionamento de Cartuchos, A Diamond Brasil trouxe todos os dados.
O número de impressoras comercializadas durante o ano de 2018 teve crescimento de 8%. De acordo com o IDC, em 2017, os números foram ainda melhores: 21%. No ano passado, tivemos um total de 2,36 milhões de máquinas vendidas, sendo 61% para o varejo e 39% para o mercado corporativo, com uma receita de aumento de 14,7% em relação a 2017 e foi de US$ 727 milhões.
O mercado de consumo de suprimentos para impressão tem apresentado movimentos diferentes nos últimos tempos. Eduardo Varela, diretor da Febreci observa que, como publicamos na edição anterior, as impressões domésticas aparentemente diminuíram bastante.
“Acredito que a tecnologia de comunicação nas universidades contribuem muito para isso; os alunos se comunicam, entregam trabalhos, tudo virtualmente; não há necessidade de imprimir”.
Para ele, não se pode dizer que a impressão deixou de existir, nem deixará. A impressão persiste, mas agora se discute o consumo de suprimentos e a escolha de equipamentos leva em conta este critério. Paradoxalmente, no mundo todo, o número de impressões não caiu, de acordo com sites e revistas internacionais.
Por que isso acontece? Eduardo Varela explica que as impressões continuam sendo feitas nos ambientes de escritórios, não da mesma maneira, e o outsourcing tem a ver com esta história, profissionalizando os processos. “Hoje temos a impressão de documentos, assinatura e novamente a impressão, como comprovação física”.
Um elemento interessante à discussão sobre o panorama da impressão é lembrado por Varela: “O número de empresas que teve acesso à tecnologia para imprimir aumentou, então, o mundo está mais digitalizado, tem mais gente imprimindo”. Mas, ele observa que, quem no passado imprimia, hoje imprime menos.
Escritórios, de uma maneira generalizada imprimem menos; porém, outras empresas que não imprimiam, agora estão imprimindo, como consequência da digitalização dos processos dentro das empresas.
Quanto ao crescimento de 8% do mercado em 2018, após uma alta de 21% no ano anterior, não surpreende, pois muitas reposições e atualizações foram feitas em 2017. “Naquele ano, muitos consumidores domésticos, profissionais liberais e empresas que estavam trabalhando com equipamentos defasados e adiando a troca desde 2016, tiveram um respiro e compraram novas impressoras. Além deste fato, tivemos um início de ano promissor, porém diminuição do ritmo e no aquecimento da economia durante os trimestres. Em 2018, portanto, as vendas de 2,36 milhões de impressoras representam novo fôlego para o mercado”, afirma Rodrigo Okayama Pereira, analista de mercado da IDC Brasil.
Novas impressões e tinta
Escuta-se sempre dizer que as pessoas estão imprimindo menos. O site Uol mesmo, no final de abril, publicou uma chamada sobre a queda de impressões em papel e que, por causa disso, a Xerox estaria se reinventando, transformando suas embalagens. A discussão é antiga e abrangente. Este é um aspecto e há muitos outros. Realmente existe uma redução de impressões em comparação com o passado.
OK, todo mundo fala nisso. “Entretanto, se não houvesse outras (novas) pessoas imprimindo, as pessoas que estão entrando no mundo digital, a impressão em termos mundiais teria caído emuito. O que eu acho é que o volume de impressão realmente diminuiu, porém é compensado por novas pessoas e empresas que entraram no mundo digital e passaram a imprimir também”.
Com relação ao consumo de suprimentos, o estudo IDC Quarterly Hardcopy Tracker Q4 2018 faz outros recortes do mercado de impressão no país e, entre outros dados, aponta que das 1,4 milhão de máquinas vendidas em 2018 no varejo, 748,7 mil foram de modelos tanque de tinta, alta de 28% em relação a 2017. Já o mercado corporativo foi responsável pela compra de 913 mil impressoras, sendo 479 mil modelos a laser, aumento de 9,8% na comparação anual. “A adoção dessas tecnologias não foi surpresa, já que desde 2016 – e mais aceleradamente em 2017 – temos notado um crescimento na venda de equipamentos tanque de tinta, principalmente para o consumidor doméstico e pequenos empresários, pois apesar de um investimento inicial maior do que o habitual, apresentam alto rendimento de tinta, além de multifunções, como scanner e cópia”, afirma Rodrigo Okayama Pereira, analista de mercado da IDC Brasil. E, em relação aos modelos a laser, completa, “se mantém os preferidos pelas empresas pois combinam custo por página competitivo, alta capacidade e velocidade de impressão, oferecendo inovações em software e serviços, como gerenciamento, segurança e produtividade para os mais diversos nichos de mercado”
O cartucho vai acabar?
Varela acredita que o crescimento de aparelhos e insumos inkjet se deva à utilização de bulk ink, que tem como benefício a velocidade de impressão. A Epson lançou, ao longo do tempo, alguns tipos desta impressora, que têm tido um bom desempenho. “Principalmente para redução de custo por página”, salienta Eduardo, acrescentando que “mais notadamente nas coloridas e em A4”. No entanto, estes números não chegam a mexer com os de laser. O consumo de toner no Brasil, com destaque para as empresas fornecedoras de outsourcing de impressão.
Em hospitais ou grandes empresas percebe-se que as impressoras a laser continuam com a preferência. “Ainda mais que usam como critério o custo por página; pelo visto, vão continuar a usar as máquinas a laser. É a tendência que observo”. Talvez, analisa, as impressoras jato de tinta estejam sendo mais usadas nas pequenas empresas, nos pequenos negócios, principalmente. Entre as fabricantes houve, nos últimos anos, uma movimentação de lançamento de novos equipamentos usando o sistema bulk ink. Brother, Canon, até a HP, mas a Epson continua sendo a principal fornecedora.
Com essa movimentação toda, pergunta-se: é o fim do cartucho de impressora? Eduardo Varela entende que é uma possibilidade real e concreta. “Vejo a vida curta do cartucho sim, com o crescimento das impressoras com a tecnologia bulk ink embutida”. Antigamente, recorda, comprava-se uma impressora e o principal gasto, sabia-se, era com a compra de cartuchos. Todos economizavam o consumo dos suprimentos, a tinta era muito cara. Hoje em dia, com a utilização das bulk ink, existe a tendência de aumentar o consumo de tinta. Agora é só colocar mais tinta.
De qualquer maneira, ressalta Varela, faz sentido pensar no aumento de consumo de tinta, sem afetar o consumo de laser. Não houve uma troca, não baixou o laser para entrar a tinta, reflete uma tendência do Brasil. “Para as empresas de outsourcing continua o consumo de laser e dificilmente alguém faz um contrato de outsourcing de impressoras a jato de tinta”, afirma.
“Até porque, de uma maneira geral, o outsourcing continua sendo em preto e branco; quem pede uma impressão colorida é só a impressora do diretor. ”
Impressão detalhada, e o recondicionamento?
O diretor continua explicando, que a não ser que seja um contrato de outsourcing com uma empresa que demande uma impressão mais detalhada, mais acurada, o outsourcing é feito com máquinas preto e branco. Geralmente em um parque de várias impressoras monocromáticas, em vários departamentos, só há uma na diretoria ou na sala do marketing, colorida, para coisas especiais. O recondicionamento de cartuchos de impressoras vem apresentando quedas constantes nestes últimos tempos. Ainda existe muita briga por preço e é onde as empresas se perdem. “A competição é feroz para quem só tem o preço a ofertar; é complicado demais para quem trabalha desta forma, tem que agregar valor, nem que seja convidando o futuro cliente para tomar um café. Porque se o comprador for comparar o cartucho A com o B, vai escolher o mais barato e é assim que as empresas se matam, acabando com o lucro”.
Pensando nisso, a Febreci tem feito palestras, reuniões com empresários de todos os portes, mostrando as contas do recondicionamento de cartuchos de impressoras, quais são os custos reais. “Se parte de uma base errada, o recondicionador não entende onde está indo o dinheiro e tem prejuízo”. As apresentações que a Febreci faz tem o objetivo simples de fazer as contas com o recondicionador para que ele veja onde está drenando a lucratividade dele.
E o futuro?
Ele continua com a mesma percepção, que o mundo parte para o reuso, ou seja, tudo que se consome precisa ser reutilizado ou reciclado. O Brasil fala muito e executa pouco. A Febreci tem projetos de lei encaminhados na Câmara dos Deputados para que o governo use um percentual de material reciclado.
“Quando isso acontecer, será muito benéfico para a atividade de recondicionamento de cartuchos de impressoras. O futuro seria muito bom, mas enquanto isso não ocorre, continuamos com a campanha de conscientização para garantir a sobrevivência do mercado”.
Publicação Original: http://reciclamais.com/pdf/web/index.php?a=reciclamais_207
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Arlélia says
Excelente artigo!!!
Diamond Brasil says
Obrigada, Arlélia!